Gabriela Silva Leite (Otília)
BrasilAshoka Fellow desde 1987

Ashoka comemora e celebra a vida e o trabalho deste Ashoka Fellow falecido.

Gabriela trabalhou como prostituta por mais de uma década durante as décadas de 1970 e 1980, período em que testemunhou frequentes violações dos direitos básicos de suas colegas. Ela se tornou a pioneira do movimento das prostitutas no Brasil, que incorporou a luta contra a Aids na década de 1980 como instrumento de cidadania e controle social. Gabriela é graduada em sociologia pela Universidade de São Paulo. Ela dirige e é cofundadora da ONG Davida, que promove os direitos humanos das prostitutas e a regulamentação da indústria, e é membro do conselho da Network of Sex Work Projects (NSWP), uma aliança global informal de profissionais do sexo e organizações que fornecer serviços a profissionais do sexo. A NSWP foi formada em 1991 para promover a saúde e os direitos humanos das trabalhadoras do sexo e possui organizações membros em mais de quarenta países. Gabriela é uma pessoa inteligente, altamente articulada, com alguma educação universitária. Econômico dificuldades a levaram à prostituição no início de sua vida - primeiro em São Paulo e depois no Mangue distrito do Rio de Janeiro. Quando ela começou a trabalhar como prostituta, ela ficou horrorizada com o condições existentes. A grande maioria das mulheres era analfabeta; muitos eram recentes imigrantes & om o nordeste; sua comida era frequentemente estragada e as mulheres geralmente comiam com as mãos deles. A polícia os tratou muito mal, acusando-os de vagabundos; mais tarde eles iriam volte para usar as mulheres. Praticamente nenhum serviço de saúde ou educação foi oferecido a estes mulheres ou para seus filhos.

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O problema

Gabriela mapeou os diversos níveis de prostituição: das massagens e boates de Copacabana que atendem turistas, às mulheres do cais, às meninas de rua do centro da cidade. Gabriela não lida com as camadas superiores da prostituição, mas sim com os grupos bem maiores e inferiores com os quais ela está pessoalmente familiarizada. Gabriela descreve o campo como regido por "leis especiais de sobrevivência sem valores". Esses as leis de sobrevivência não incluem o ataque ao sistema. Quando um de seus colegas de São Paulo foi morto em uma delegacia, um grupo de prostitutas se manifestou e atraiu a atenção da imprensa com críticas mistas. Gabriela decidiu não se envolver, temendo por sua vida. Porém, após oito anos no campo, ela viu que algo precisava ser feito. Gabriela definiu fora para organizar prostitutas no Rio e em São Paulo e mais amplamente em todo o país. Ela tem três objetivos: (1) proteção contra a violência policial, (2) educação para as mulheres e seus filhos e (3) cuidados de saúde, incluindo controle de natalidade, principalmente por causa da ameaça da AIDS.

A Estratégia

O primeiro passo de Gabriela para atingir esses objetivos é organizar as prostitutas. Ela tem tem viajado para comunidades de prostitutas em diferentes partes do país, discutindo problemas e estratégias de longo prazo. Ela organizou o primeiro encontro nacional de prostitutas para começou a definir uma agenda nacional, e fiquei profundamente comovido com a apreciação dada a ela neste sessão. Em segundo lugar, Gabriela está tentando formar uma aliança com grupos de direitos humanos e especialmente com advogados de direitos humanos para que possam lidar com casos futuros, conforme necessário. Terceiro, ela começou a desenvolver um programa educacional. Gabriela tem sido cada vez mais capaz de atrair estudantes universitários, especialmente estudantes de programas de educação, como professores voluntários. Para seus objetivos de saúde, educacionais e outros, Gabriela está pressionando por 'mudanças no público política. Por fim, ela está fazendo uma pesquisa sobre a história da prostituição no Brasil e reunindo um amplo conjunto de estatísticas de fundo. Gabriela espera usar essas informações tanto para construir consciência dentro da comunidade de prostitutas e também como parte de sua abordagem para sensibilizar o População brasileira. Gabriela começou seu trabalho de organização há vários anos, lançando um curso vespertino simples para crianças da zona do Mangue. No entanto, a igreja a expulsou das instalações que havia feito disponível quando ela se recusou a deixar de ser uma prostituta, não tendo outros meios para se sustentar ela própria. Por fim, o ensino foi restabelecido em uma escola de Samba próxima. Desde então, ela avançou com notável rapidez. Ela claramente aprendeu muitas habilidades, e. g. usando a imprensa, e ela está bem em sua curva de aprendizado de construção de uma organização. O trabalho de Gabriela pode ser extremamente significativo: (I) A comunidade que ela atende no Brasil é enorme (UNICEF afirma que são 2,5 milhões adolescentes trabalhando como prostitutas no Brasil. ) É também um dos grupos mais necessitados do país. (2) Ao enfrentar o caso extremo e elevá-lo ao nível da consciência pública, Gabriela pode acelerar a evolução das relações homem / mulher no Brasil. A ajuda da Ashoka permitirá que Gabriela se dedique em tempo integral a essa enorme tarefa. Vai ajudá-la construir um esforço nacional, desde as cidades mineiras da Amazônia até os grandes centros urbanos. Ashoka: inovadores